quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PERCEPÇÃO

Dos sonhos surgem construções,
formas brancas, alucinantes,
e claridades azuis de seguidos dias.

No chão, as imagens...
Elas surgem malditas, já esquecidas,
são sujas as luvas das almas cobertas.

E meus olhos frios,
sempre desistentes,
são vôos de pássaros mortos.

Insistentes vôos...

Filhos bastardos
em meu céu de sangue,
em meu céu vermelho.

De dentro de mim sai um corpo,
cubro-o com dores e angústias,
roupas coloridas estendidas no varal.

3 comentários:

nydia bonetti disse...

há sonhos assim, tão reais, insistentes, doloridos, especialmente os que brotam de memórias que deveríamos ter esquecido.

bem, foi esta minha "percepção" sobre teu poema, roberto, embora ele dê margem a outras interpretações. os bons poemas são assim... sempre muito bom te ler.

Beijos!

lusibero disse...

ROBERTO: como já disse ,no meu blog, este lindo poema está cheio de Imagens, de Sinestesias, lembrando CAMILO PESSANHA...Engano???
ABRAÇO DE LUSIBERO

Roberto Costa Carvalho disse...

Lusibero: Deu-me um susto.Nunca li Camilo Pessanha. Mostrei a uma pessoa que o lê muito. Ela sorriu e venceu um inquieto São Tomé. Obrigado por seu comentário. Realmente, você acertou. Suas visitas são valiosas.