Tenho, do princípio de tudo,
o que ainda me resta dizer,
águas mortas e um tempo,
o que não pode ser pensado.
Orações consumam-se no silêncio,
cobrem sonhos e passados inconclusos,
e há uma mulher sob imagens omitidas,
uma pretendida mulher muito nua...
E as ilhas...
Tantas ilhas de fino vidro,
ilhas abandonadas, já esquecidas,
que ainda se quebram nos vazios do oceano,
no que não pode existir...
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
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3 comentários:
Sugeriram-me, certa feita, retirar "muito" de "muito nua". Todavia, insisto pela permanência. Nem todos se desnudam completamente, ainda que tentem.
hoje me sinto um pouco (muito) assim, roberto: desencantada... a poesia nos salva. lindo este poema. bom fim de semana. beijo
É o silêncio que melhor arremata as orações. Arremata. Até lá, usemos das palavras. Você fez bom uso das suas, aqui.
Abraços,
Marcelo.
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