Por um instante, permanecemos inertes.
No precipício, o que cai eternamente:
a linda manhã anunciada,
o futuro atribuído.
O mundo é destoante.
O abismo é o que nos permite ser,
se tanto sonhamos e desejamos
e há uma loucura que não nos pertence.
Sempre nos procuraremos nos ocasos,
pois um sol desconhecido é o cotidiano,
há vozes esperadas e inquietantes,
flores estão onde não existem.
Em nossas faces, ventos e reflexos,
os vazios da transparência dos espelhos,
brilhos fugazes, formas frias:
sentimo-nos nus e escorregadios.
domingo, 18 de outubro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Ah, Roberto...
sobreviver nese abismo não é facil,
felizes aqueles que tem esperança numa manhã anunciada e deixam o inesperado acontecer.
bjs
Postar um comentário