Zuna, bicicletinha, zuna,
corra ladeira abaixo!...
Em meu rosto desenfreado,
os sentidos das desordens do ar,
dos desafios ao vento,
dos descaminhos do caos.
Lá embaixo, a rua estreita e a praça,
o colono da estátua e o cinema dos sonhos,
depois, a rua das mulheres vadias,
só mais adiante, o colégio dos frades.
Desça a ladeira, bicicletinha,
desça rápido, muito rápido!
Ao lado da ladeira, a flor que não beijarei
é minha lágrima-virtude.
quinta-feira, 26 de março de 2009
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2 comentários:
Roberto,
Que saudade da minha infância.
achei interessante...
colegio de frades/
flor que não beijarei/
lágrima-virtude.
E seria uma virtude imposta?
bjs
Doroni:
Será que necessariamente uma virtude imposta?
Ela está ao lado da ladeira que a bicicleta desce, fora de direção tomada, o "lá embaixo" e que lá se encontra. Não há um contraponto nisso?
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