sexta-feira, 27 de agosto de 2010

FASCÍNIO

Admiro os loucos,
os que não temem o ridículo,
os desvarios das paixões,
o inconcebível...

Admiro os homens imundos, alucinados,
das obscuridades das esquinas e das sarjetas,
os que gritam enfurecidos para o nada
ou choram e uivam como cães perdidos.

Eles são aprofundamentos dos dias,
da imensa solidão da cidade,
e perdem-se como pedras frias
nos olhos dos homens resumidos.

4 comentários:

nydia bonetti disse...

também me causam fascínio, roberto. acredito de zeca baleiro tem razão: "loucura é quase santidade". bem-aventurados, com certeza, como os simples e os mansos, os puros de coração... beijo.

[ rod ] ® disse...

A loucura é minha mais nobre poesia! É o sentido forte, cuspido e desgarrado. É a energia do caos. A serenidade da inocência perdida.

Abs meu caro.

Anônimo disse...

Parabéns pelo poema. Sou suspeita para falar. Também admiro os loucos. Pois são verdadeiros e amam de verdade. Abraços.

Masago disse...

Belo Fascinio poeta, lindo... Parabéns, bjus até mais...