A enorme baia, a ilha adiante...
Longe dos olhos, outras ilhas...
Volto-me para seus seios cobertos,
descubro-os enrijecidos.
Sob a estátua do poeta,
muitas pedras pisadas
e, vestindo estrelas consumidas,
suas pernas, a maciez, o calor.
Diante de mim, o escuro do mar,
o sal que me constrói os olhos,
há um trio elétrico que passa
e invento os corpos das ruas.
Ladeira abaixo, as velhas casas,
de porta em porta, prostitutas,
levezas de carnes expostas,
tristes sonhos em noite fecunda.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
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2 comentários:
Roberto
Precisava de um título para um poema e depois de ler este teu, me decidi - vai se chamar "entardecimento". :) bjo.
Nydia: Fico feliz por ter contribuído para o título de seu poema.
Bjs.
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