Os velhos morreram...
Deixaram suas cadeiras,
suas mesas, seus cristais;
e deixaram suas roupas sujas
e os que ficaram elaborados.
Muitas velas se consumiram,
muitas orações foram ditas,
anunciaram-se pretensões,
comemoram-se as memórias
e as faces inexpressivas.
Todos se olhavam e bebiam
todos se viam, se examinavam,
nos copos plásticos, a aguardente,
no chão, as imagens,
os limitados homens que ficavam.
Com suas almas vazias,
seus olhos frios, apagados
e murmúrios sem sentido,
os que ficaram choraram
e levaram o que foi deixado.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
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2 comentários:
Pude ver todas as cenas, Roberto. Gosto muito deste tom descritivo, que nos insere nos poemas, com riqueza de detalhes visuais e emocionais. Sentinela e Três Momentos fazem isto. Muito bons.
beijo!
Realmente, por um bom tempo a descrição foi forte demais em meus textos, quase necessária. Nos tais "detalhes visuais", minhas metáforas e insanidades, até o impensável (risos)...
Ah, como bom louco que sou, sempre tive meus segredos (mais risos).
Adorei seus comentários! Muito obrigado por sua presença.
Roberto.
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