terça-feira, 25 de novembro de 2008

Partida

A esquina seguinte,
a moça que fica distante,
uma imobilidade instantânea,
o silêncio da madrugada, ainda a espera...

Porém, o carro é solitário e brilhante,
sua velocidade é a inversão da avenida,
a extensão dos olhos vazios,
o prosseguimento do dessemelhante.
Na imensa calçada permitida,
os brilhos das lâmpadas dos postes,
os sentidos da retirada, da escusa.

No fim da noite, há frieza,
há um forte eco de casa vazia,
as imagens que desaparecem dos olhos,
o sentido da moça que não aconteceu.

Nenhum comentário: