sexta-feira, 30 de julho de 2010

LUZERNAS

Não há vozes...
Repetidamente, soltamo-nos do chão,
para as distinções mortas do ar,
para o depois do silêncio.

Corremos ligeiros sobre o lodo:
há o que escorreu lentamente do morro,
formas decompostas e brilhantes,
seu jeito de fazer, seu corpo oferecido.

Lá em cima, nas esplanadas,
seus cabelos feitos de vento,
nossos rostos de anoitecer,
nossa ausência.

Na vargem fria e adormecida,
O tempo indefinido do luar mórbido,
nossas almas desvanecidas,
luzes ligeiras e vadias:

nossas fugacidades
e sombras do tempo esquecido,
nossos percursos.

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