quarta-feira, 14 de julho de 2010

DESESTRUTURAÇÃO

Como o suor,
o sangue pelos poros:
lágrimas secas,
chão imundo.

Mãos substituíram pés,
corpos vestiram-se de terra.
Carnes e ossos,
ordens cadavéricas canceladas.

Sobram vozes do passado,
gritos e uivos alucinados,
restos imprestáveis do tempo,
as corrupções dos silêncios.

Na profundidade da noite,
estranhos alimentos,
segredos dos medos e dos excrementos.
Na quietude lunar, emergências tutelares

Um comentário:

Doroni Hilgenberg disse...

E chega um dia em que, de tempos em tempos, os pensamentos rompem o silêncio das noites, e querendo ou não,tudo se acaba, muitas vezes sem nem ter começado.
Por isso, a importancia de se viver

Feliz de quem é tutelado da lua, assim pode sonhar à vontade.

Bjs