sexta-feira, 25 de setembro de 2009

TERNURA

Dê-me um beijo, ele será o mundo,
e inventemos um imenso passeio,
uma prece aos talentos dos sonhos:
não choremos por nossa permanência,
não nos maltratemos!...

Com nossas vergonhas e vexames,
comporemos flores inexplicáveis,
variando-as em muitos chãos usados,
chãos plenos de fracassos e tristezas.
São surpreendentes nossos ídolos medíocres!

As coerências do mundo não nos implicarão:
aos olhos dos homens que se angustiam,
somos delicadamente brutais e vazios,
temos o calor que afasta a mão oferecida.
Beije-me, vá, beije-me!...

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