Entre minhas pernas, vômitos e pus...
E sai meu cérebro inteiro,
sai minha presença.
Em minha boca, uma enorme e incômoda dor,
meus olhos não existem, nunca existirão:
tenho as indiferenças das imagens,
o sem-sentido.
De meus ouvidos podem surgir infâmias,
a destruição do tudo e do nada,
uma avenida plástica,
a renitência dos dias.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Ah!Roberto,
Que descarrego!!!
Que bom se pudessemos fechar os olhos e tampar os ouvidos ante tanta maldade no mundo.
Os dias seriam mais leves, as noites mais amenas e nossa alma mais pura.
Mas nos, não somos alienados...
bjs
Doroni
Que dor é essa, meu amigo tão querido?...
Me apertou o peito....
Por onde você anda?...
Neijo com saudade
Pat
Sim, Doroni, talvez seja mesmo um descarrego ou, talvez melhor dizer - quem sabe? - um forte desabafo, um grito incisivo no silêncio de um sentir, quando surgiam os embriões do "politicamente correto", do "ideologicamente correto" e do "não sei o que mais correto". Se não somos alienados de nós mesmos, o que seria então um alienado de si mesmo?
Olá, Pat!
Que bom vê-la por aqui!
Realmente, minha amiga, uma dor enorme, que talvez você não tenha experimentado em toda a sua amplitude.
E uma dor não só minha, mas de muitos de minha geração, que se viram obrigados ao silêncio, à omissão, à cegueira, à concordância muda ou a repetição uníssona de palavras alheias, porque os gritos de ordem, fossem de qual lado fossem, eram tiranos extremos, não admitiam divergências.
Esse é um texto sobre época já antiga, embora não ouse dizer-lhe que ela já se encontra totalmente encerrada.
Bjs.
Postar um comentário