Ah, fugir-nos-emos seguros, surpreendentes, livres!
Estaremos contidos em sólidas paredes, protegidos,
distantes um do outro, inteiramente abrigados.
O veículo já percorre as totalidades existentes,
ele rompe os sonhos, todos eles, e as almas:
estaremos inteiramente extremos, alheios.
Não deixemos que estas pessoas permaneçam,
estas pessoas sempre tão aparentes e esquivas,
pensemos em nossas impossíveis palavras.
E pensemos nas nossas impossíveis carícias,
na avidez que não teríamos, em nossa ausência,
nas controvérsias em que nos construiríamos.
Temos invisibilidade em nossas entranhas,
o silêncio é a medida de nossa intimidade.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
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