A poeira é necessária.
Há valimentos, considerações
e pessoas consentidas,
as sobras.
Ela se estende no ar
e define a imobilidade.
Depois, expande-se
e assenta-se no chão.
A poeira é só um elo frio,
a correção e o envolvimento,
o laço invisível,
a correlação familiar.
É o que fica da repetição dos rostos,
costumes de sombras aprisionadas
(e no cansaço, com as intimidades,
as vontades modificadas).
A chuva sempre é perfeita ao amanhecer.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
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Um comentário:
"É o que fica da repetição dos rostos,
costumes de sombras aprisionadas
(e no cansaço, com as intimidades,
as vontades modificadas)."
Olha, eu estava precisando ler isso aí. De uma simplicidade absurda e tão perfeitamente lindo! Me senti levantando contigo, olhando pela janela num dia chuvoso, com olhos perdidos e vidraças líquidas. Belo! Sandro.
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