terça-feira, 23 de março de 2010

PUREZA

Olhares fosco-brilhantes:
vertigens na noite que se afirma...

O Sol já é de vidro sem cor,
silente água desce pela lama,
escorrega entre plantas pegajosas.

E você ri com docilidade,
ternamente, muito ternamente...

Com suas mãos entre bolhas escuras,
retira cores de vapores fétidos
e concebe-me uma triste inocência.

Um comentário:

Wilson Torres Nanini disse...

Com a essência própria de um ser telúrico, sua poesia tem muito de ludismo, uma rota alternativa e muita vez mais apetecível que a própria vida. Abraços!