terça-feira, 2 de março de 2010

ADOLESCER

Nos sonhos tocava-lhe de leve os cabelos,
cautelosamente...

Acariciava-os e percebia a suavidade de seus olhos,
a pele sedosa que descia por seus ombros,
suas feições de desejo e de muito medo.

Lindas alças levadas pelos braços,
pouca resistência, delicadeza,
beijo quase roubado e quase negado.

Sutiã branco e bordado com flores,
seios delicados, púberes, pequenos,
seios que não podiam ser tocados.

Junto à parede, corpo quente insinuava-se,
formas sob levezas de vestido gasto,
e véus ainda não se desmanchavam no chão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não tenho site na internet mas por acaso passei por aqui. Você me faz sentir lembrar de quando fui moço e me faz sentir uma vontade muito grande de voltar para minha mocidade. Na vida, há anseios que quando se vão nunca mais voltam. André Almeida.