A lua já flutua em um mar poente,
uma lua pesada, imensa... No chão,
anjos feridos, sujos de sangue.
Em um ar bem vestido, brilhos encobertos,
o tempo definido em bolas vermelhas,
o isolamento, a inépcia, o mormaço...
Nas ruas, nas luzes das sombras,
as mulheres oferecidas
e os homens obscurecidos.
Sempre há uma voz que nunca existe,
uma varanda alta e uma janela fechada,
as tempestades de um tempo calmo.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
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10 comentários:
Venho sempre aqui te ler...
beijo
Pat
Você é muito talentoso. Sua poesia é maravilhosa. É fácil se apaixonar por sua poesia. Bjos.
Obrigada pela visita no meu blog...
Seu blog está lindo
Tem selo para você..
Apareça sempre.
Roberto
Que bom saber que minha poesia te apascenta. E a tua poesia me comove...
beijo
Roberto,
Vai e volta e seus poemas me intrigam, me comovem e me fazem pensar..
"`A noite, nossas lembranças
incertezas e agonias sempre voltam"
A lua pesada de vergonha...
tantos vestigios e seguimos inertes, calados coniventes...
e se há tempestade, fechamos nossa janela, para que se molhar?
bjs
Bonito poema, Roberto. Assim como todos os que você mostra aqui.
Beijo.
oi, roberto.
vim agradecer tua visita e comentário ao meu caminito e te deixar um abraço. tem toda razão, existem outras interpretações bem melhores do que a que escolhi. julio iglesias é mesmo meloso:)), mas combinou com o tom do meu poema. :))
bom final de semana!!!
Oi, Nydia! Só agora, ao retornar a seu blog, é que me atentei para link "Caminito Cesarica 11", com a letra incompleta cantada por Julio Iglesias (que ouvi poucas vezes). Não o tinha percebido.
Na verdade, desconsiderei a possibilidade de interpretações melhores do que outras. Seria complicado, se agisse ao contrário.
Em minha leitura, o que tive em conta foi apenas "caminito" e a maneira tão sua de referir-se a ele, o que muito mereceu meu aplauso e continua merecendo.
PAT, que bom vê-la por aqui!
GRAÇA, nem sei o que dizer diante de palavras tão gentis.
MIKAELE, Garota Pensante, também obrigado por sua visita!
NYDIA, sem dúvida, sua poesia sempre é doce de ler. Aos mundos conturbados, revelam, como talvez diria Alda Lara, "a calma das horas".
DORONI, talvez porque, no vai e volta, sempre há os significados do silêncio ou, pelo menos, de um profundo sono.
Gostaria de que minhas respostas fossem individualizadas. Todavia, reveses atropelaram-me os rumos, a vida. Espero que me perdoem a falha.
ADELAIDE, que dizer a quem tem tão boa literatura como você?
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