quarta-feira, 15 de julho de 2009

CONFISSÃO

Unicamente diante de seus olhos,
minha imagem de conformidade,
que é dor de meu profundo sono,
intensidade de minha alma,
minha ilusão atroz.

Tenho-a deslizando em meu tempo,
prisioneira de minha confissão sem voz,
do que construo porque me destrói.

O que eu diria somente a seus olhos?...
Nada diria, porque meu olhar é lunar,
é como a noite da solidão do campo,
é o intenso segredo que me rói!

Um comentário:

Doroni Hilgenberg disse...

Oi Roberto,
Incrível seu poema
nos remete a inúmeros sentimentos contaditórios.
E é certo que muitas vezes preferimos a ilusão atróz à uma dolorosa realidade que também nos destrói.

Mas esses últimos versos são sublimes :

O que eu diria somente a seus olhos?...
Nada diria, porque minha voz é lunar,
é como a noite da solidão do campo,
é o intenso segredo que me rói!

Adorei!
bjs