quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

INTERLOCUÇÕES

Os inversos, as conversas
e as pessoas adversas:
olhos que se agitam,
olhos que se justificam,
que se liquidificam conversos.

Existem muitos ventos e um só tempo invisível,
os inventos espúrios das sombras,
sombras que não gritam,
que nunca dizem,
que nem explicam.

Então se compõe um momento sintético,
extravagâncias, supostas formas originais;
há uma linguagem adequada e bem urdida,
o silêncio de ser,
o que se faz...

E, na noite, há catástrofes invisíveis de eternidades,
desarticulações, substâncias desmanchadas,
os paradoxos do imaginário,
as ruas inventadas,
a cidade....

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