Não me permitiram data nem tempo,
minhas circunstâncias eu inventei,
ao furtar a linguagem da cultura,
ao querer-me não-sujeito,
e meu lugar é o segredo de mim mesmo.
Os pés não são para colocar no chão,
mas para medir o tamanho do Sol,
ao deitar-me na Contemporaneidade,
conferindo, na pós-idade,
que a luz ainda permanece a mesma.
Constrói-se porque há destruição
e constrói-se apenas para destruir,
já que a criação é o acontecimento do mundo,
o desespero profundo das criaturas,
dos saberes infecundos.
Na noite que tanto me invade,
sempre há uma doce colina invisível,
onde serpentes circulam ensandecidas,
o chão é sempre morno e imprevisível,
e sobre a relva, meu corpo despido.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
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