Existe uma permanência,
existe um mundo cansado;
ele tem os extremos de algum tempo,
um vento inicial abandonado;
existe um cômodo letal,
uma luz sem cor e sem brilho,
uma esquecida mobília lateral,
colchas amareladas, encardidas:
restos, velhas coisas desarrumadas.
Existe uma substância inerte e encerrada,
a frieza e os ecos de falas mortas,
os cristais dos dias e das noites,
um corpo acumulado e um tempo unificado:
as sombras da casa e as sombras da rua.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
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