Ah, o entendimento, a validade,
a estagnação dos horizontes intangíveis,
os segredos das imagens que se têm,
a suposição dos ângulos, a invisibilidade!
Em uma deformada obstinação,
uma voz configurada e uma exterioridade,
uma decidida adequação de formas,
a conveniência de uma luz recurvada.
Entre os ventos, os muitos ventos,
há os que sempre uivarão vazios,
sempre inalteráveis, enganados,
escuros e frios, em somas planetárias;
no silêncio dos passos irresolutos,
lágrimas secas e preces escusas,
as conclusões do sono elaborado,
as definitivas substâncias do ar:
nesta noite, nesta noite tão decidida,
há um tempo excluído, um silêncio conformado,
os desatinos dos ídolos, os métodos da inexistência,
são sólidos os continentes.
sábado, 4 de outubro de 2008
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Um comentário:
Oi Roberto,
(hi! esqueci da senha lá da V&P, e queria responder o seu comentário do poema "Inspiração" de Machado de Assis, que foi com versos de Yeats):
"Palavras,
Antes tardias que vazias,
Em tempo. Que foi, que é ou que será. Sementes, espalhadas ao vento, sem direção. Pegadas da vida,
retratos de pura emoção"
(gosto muito do que vc escreve, mas não sou de comentar -não tenho teeeempo! mas quando dá, compareço!)
Até a próxima,
Mônica
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