Tenho meus olhos cegos na avenida,
em sua ausência, nas distâncias do mundo...
Eu consulto estranhas estrelas, estranhas nebulosas.
Tenho meus olhos na chuva fria,
eu a detenho passiva em minha alma esquecida,
em meu tumulto, em um vento de noite vazia.
...
Eu tenho a velocidade esmagada,
uma imagem e um veículo sem formas,
eu invento seu corpo e meu sangue...
E ergo-me vivo e visionário,
Tenho os fragmentos de um chão,
Ergo-me coberto de espelhos e cristais.
...
Ergo-me substanciado em meu delírio,
na avenida, em sua grande ausência,
nos fragmentos de um corpo inexistente.
sábado, 4 de outubro de 2008
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