Eu, talvez, surgi em dia sem luz,
qualquer coisa assim...
Se os candeeiros ardiam
(algo devia fazê-los arder),
o vento frio apagava-os
e nenhuma criança chorava.
Muitos me aplaudiam com ardor,
aclamando tempos já enrijecidos,
os lobos uivavam nas ruas,
algumas ovelhas dançavam,
e haveria gente sem cor,
no dia em que surgi.
As sombras deviam ser vadias,
bem vestidas, muito chiques,
e, se não há engano, tardias.
Havia uma mesa largada no canto,
muitas eram as cadeiras vazias,
e uma casa apagada havia,
onde se ergueria um pretendido muro.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
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